
Aumentar os seios, deixá-los em pé e com outro formato é um sonho para muita gente. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o implante de silicone nas mamas é a cirurgia mais realizada no Brasil e no mundo. O cirurgião plástico Bruno Luitgards conta que a estimativa é de que 1,8 milhão de próteses sejam colocadas todos os anos. Mas, na contramão disso, mulheres que já realizaram esse desejo estão, agora, escolhendo retirá-las.
A digital influencer Fran Reis tem um perfil no Instagram (que começou há anos, no Orkut) em que reúne informações tanto de médicos quanto de pacientes sobre cirurgias plásticas. A princípio, era sobre implante de silicone, motivo pelo qual se chama Meus lindos e pagos, mas, atualmente, abrange outras cirurgias.
No dia a dia, ela vê que o aumento de seio é a cirurgia mais desejada. “Acho que barriga, elas pensam que ainda dá para malhar, perder peso, mas aumentar peito, só com cirurgia”, avalia. Mas Fran vê, também, o contrário, mulheres querendo retirar ou diminuir o silicone. Ela, inclusive, está no segundo grupo.
Fran colocou, há 10 anos, 400ml de silicone em cada mama. “Quero trocar, por conta da minha idade. Já não sou mais menininha”, afirma. O silicone não tem prazo de validade, embora também não seja vitalício. Deve ser trocado, quando houver necessidade, seja estética, seja por saúde, no caso de rompimento ou outras complicações.
Segundo ela, ainda é minoria quem entra em contato para pedir informações sobre explante, mas está aumentando a quantidade de mulheres. “Hoje em dia, o que eu vejo é que o corpo natural está em alta, então, muita gente que colocou há muito tempo está tirando mesmo”, conta. A influenciadora defende que, independentemente do padrão, a mulher precisa ter liberdade para escolher.
Fran deixa claro que não incentiva ninguém a fazer cirurgia, apenas fornece informações. “É muito importante. Eu pergunto para algumas mulheres a marca da prótese, se foi colocada por cima ou por baixo do músculo e algumas nem sabem. Tem que checar o médico, se é cirurgião mesmo, se está na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica”, recomenda.
Fonte: Correio Braziliense