A trombose venosa profunda é a terceira doença mais frequente do sistema cardiovascular. É causada pela formação de coágulos (trombos) no interior das veias profundas, artérias ou até mesmo no coração.
Se você já se perguntou o que é trombose venosa profunda, com certeza se deparou com os seguintes termos: veia entupida, perna quente, estase venosa, entre outros.
Pois é, a trombose nada mais é do que uma veia entupida, na qual os trombos funcionam como se fossem rolhas, bloqueando o sistema venoso e impedindo ou dificultando a circulação sanguínea.
O que causa trombose?
Ao contrário do que muita gente pensa por aí, o começo de trombose não acontece exclusivamente devido à cirurgia plástica.
Na verdade coincide que, logo após o procedimento cirúrgico, muitas pacientes fazem repouso absoluto por acreditarem que esta é a melhor recomendação. Infelizmente, a falta de conhecimento pode trazer sérios ricos, inclusive o aparecimento da trombose venosa profunda.
Portanto, a trombose pode surgir mesmo em pessoas que nunca passaram por um procedimento cirúrgico. E isto comprova que a doença não é acarretada pela cirurgia plástica, mas está relacionada com:
- A diminuição do fluxo sanguíneo, isto é, a circulação do sangue fica mais lenta
- A danificação da parede do vaso sanguíneo (lesões endoteliais)
- O aumento da viscosidade do sangue, se tornando mais denso
Quando o sangue flui muito lentamente, quase parando, acontece a chamada estase venosa ou estase sanguínea. O principal motivo que leva a diminuição do fluxo é a falta de exercícios ou ao permanecer um longo período parado. Sendo que neste caso até viagens prolongadas e cirurgias estendidas se tornam um grande vilão da circulação.
Justamente aí que mora o perigo! Já que um coágulo no sangue pode se formar quando o fluxo sanguíneo for muito devagar.
A Trombose Venosa e o Tromboembolismo Pulmonar é a principal complicação grave em Cirurgia Plástica. E isso não tem nenhuma relação com a qualidade da equipe médica envolvida.
A probabilidade de ocorrer uma trombose venosa profunda está relacionada com a presença de situações de risco em que a paciente se encontra.
Em condições normais, o sangue possui a tendência natural de coagular para evitar hemorragias. Entretanto, alguns fatores são responsáveis por desencadear ou favorecer a anomalia, como:
- Obesidade
- Predisposição genética
- Varizes de membros inferiores
- Consumo de álcool e fumo
- Idade superior a 40 anos
- Uso de anticoncepcionais
- Falta de movimentação
- Gestação e puerpério
- Doenças genéticas do sistema de coagulação do sangue
- Diabetes
- Traumatismos ou politraumatismos
- Cirurgias e hospitalizações prolongadas
- Anestesia geral
No caso da Cirurgia Plástica, as medidas para evitar trombose são:
Antes de qualquer coisa, ainda na fase de pré-operatório, orientamos que você escolha um profissional habilitado pela Sociedade Brasileira de Cirurgiões Plásticos.
Analise, juntamente com o seu cirurgião, os potenciais riscos durante e depois da operação, faça todos os exames necessários e, principalmente, informe-se sobre as etapas que devem ser seguidas à risca após o procedimento.
Isto porque o sucesso de uma cirurgia plástica não está relacionado apenas com a experiência do cirurgião. Há muitos cuidados que podem ajudar a aumentar as chances de ter um resultado bonito, além de evitar complicações.
Por exemplo, você sabia que o uso de anticoncepcionaisdeve ser interrompido dias antes do procedimento cirúrgico? Pois é, essa é uma recomendação feita pelo cirurgião, já que o anticoncepcional (pílula, injeção, adesivo) pode aumentar o risco de trombose.
Além disso, o médico pode optar pelo Sequel durante o procedimento cirúrgico. Esse aparelho é colocado nas pernas da paciente e funciona como um compressor pneumático. Ele simula uma caminhada e mantém a circulação da perna ativa.
Veja algumas orientações que você deve seguir durante o pós-operatório, apesar de básicos, elas valem para quase toda cirurgia plástica.
- Fazer pequenas caminhadas: Assim que o médico liberar, a paciente recém-operada deve caminhar devagar. Respeite os seus limites, para os pontos da cicatriz não abrir.
- Elevar as pernas: Durante o repouso, mantenha as pernas elevadas a 45 graus. Esta técnica facilita o retorno da circulação e diminui o inchaço dos membros inferiores.
- Usar meia elástica: O médico pode recomendar o uso das meias de compressão depois do procedimento.
- Manter-se sempre hidratada: A desidratação ajuda a engrossar o sangue, aumentando o risco de trombo. Por isso, ingira bastante líquido, principalmente água. Tome, pelo menos, três litros por dia.
Na eventual hipótese de ocorrência de TVP ou TEP, o tratamento pode ser realizado com anticoagulantes ou fibrinolíticos. Esses medicamentos impedem o crescimento dos trombos atuais e evitam o surgimento de novos.
Fonte: Dream Plastic