Geisy não foi a primeira figura conhecida que resolveu mudar a anatomia dessa região. Casos de outras famosas, como o de Ângela Bismarchi ou da ex-BBB Monique, também deram o que falar. Mulheres anônimas também têm procurado esse tipo de cirurgia plástica, sejam elas jovens ou maduras. Porém, como toda cirurgia, é preciso consultar a opinião de profissionais e se informar bastante antes de tomar qualquer decisão. O cirurgião plástico do Hospital Samaritano, Alexandre Mendonça Munhoz, esclareceu algumas dúvidas e curiosidades sobre esse tipo de plástica.
Quais são os principais tipos de cirurgia íntima feminina e como eles funcionam?
De acordo com Alexandre Mendonça Munhoz, os procedimentos mais procurados pelas mulheres (90% vão atrás dessas plásticas) são os conhecidos como Ninfoplastias (“as plásticas das Ninfas”), que visam alterações na região dos pequenos lábios. Dentro dessa categoria ainda entram três tipos de correção: o do excesso de volume, da flacidez e da assimetria.
Outros casos têm como objetivo aumentar o volume vaginal. “Nessa situação, o cirurgião irá aplicar um enxerto de gordura na região que se pretende modificar”, explicou Alexandre.
Por último e menos comum, existem as praticadas no Monte de Vênus, quando o púbis é flácido ou avantajado. Nesse procedimento, usa-se a técnica da lipoaspiração.
Qual o tempo de recuperação?
O médico explicou que esse tempo varia de acordo com cada paciente, mas que, geralmente, após um período de três a sete dias a mulher pode voltar às suas atividades normais. “Desde que não envolvam exercícios físicos que exijam apoiar a região do períneo [andar de bicicleta, por exemplo]”, alertou o cirurgião. Nesse caso, o tempo de espera deve ser maior e ficará definido pelo próprio ginecologista.
A cirurgia em si é rápida, exigindo em torno de uma hora de operação e com alta para a paciente no mesmo dia.
Quais são os cuidados pré-operatórios?
“Exames de sangue, cardiológicos… Todos aqueles que são comuns a outros procedimentos [como cirurgia de varizes ou de pálpebras]. A única diferença é a exigência de realizar um exame ginecológico, para checar se não existe nenhuma alteração na região, como corrimentos e infecções urinárias, que podem complicar a operação”, disse Alexandre.
Quais são os cuidados pós-operatórios?
Evitar atividades sexuais por um período de três semanas a um mês, não realizar atividades físicas que apoiem a região íntima, manter a higiene do local com uma ducha para evitar o atrito do papel higiênico nos pontos e tomar a medicação prescrita pelo médico, que pode incluir antibióticos ou antiinflamatórios na lista.
Existe algum risco nessas cirurgias?
Segundo o médico, apenas aqueles que existem em qualquer outra. Pode ter infecção local ou dificuldade de cicatrização com abertura dos pontos, mas apenas em casos raros.
Esses procedimentos alteram a sensibilidade no sexo?
Até alguns anos atrás, sim. As técnicas mais antigas eram agressivas e, às vezes, até mutiladoras, com amputação dos lábios. Porém, fiquem tranquilas. Para a nossa alegria, a ciência evoluiu e as técnicas modernas visam preservar a sensibilidade e a enervação da área, mantendo a anatomia normal e realizando mudanças apenas estéticas.
Quem são as mulheres que procuram?
Toda mulher, depois de começar a praticar atividades sexuais, passa a prestar mais atenção à área íntima, e por isso são elas quem mais se interessam em corrigir possíveis problemas na região.
Quando elas são jovens, reclamam mais do excesso de volume e as mais maduras querem acabar com a flacidez, muitas vezes resultado da menopausa.