
Sebastião Nelson Edy Guerra – Não. Em nossa experiência, inúmeras pacientes que se submeteram a lipoaspiração nos procuraram de cinco a oito anos depois para outros procedimentos cirúrgicos, sem, contudo, observarmos recidiva da gordura retirada ou de expressivo aumento da gordura em outra região. Salvo pacientes homens ou mulheres que estavam na idade crítica de fase de vida, como fase transitória de segunda para terceira idade, em que marcantes alterações em todo o corpo são naturais. Quando se faz lipoaspiração, a gordura pode voltar tempos depois para a região operada?
Isto dependerá da conduta aplicada em cada caso. Normalmente, quando se aspira a gordura das células, muitas delas perdem seu núcleo e, consequentemente, sua função. Células apenas traumatizadas, sem perder o núcleo, voltarão a armazenar gordura. A recidiva local dependerá então, da quantidade de células que foram traumatizas. Ao engordar após uma lipo, a pessoa engorda de maneira proporcional o corpo todo, inclusive na região operada? Por quê?
Não, conforme resposta anterior, células poderão ser destruídas e outras apenas traumatizas com sua gordura aspirada, mas que o núcleo persistiu. Estas, então, voltarão a armazenar gordura. Os especialistas disseram que a lipoaspiração destroi a estrutura sob a pele onde as células de gordura ficam e isso impediria a volta de gordura na região tempos depois. É verdade?
É verdade para aquelas células que perderam seu núcleo durante a lipoaspiração. Especialistas americanos comentaram que, com a morte de uma célula de gordura, outra nasce. Assim, a gordura que não pode voltar à região pelas células destruídas migraria para outra área onde essas células nascem. Isso acontece?
Desconheço qualquer literatura contendo essa informação. Entretanto, em pacientes com processo de obesidade em evolução que se submetem a lipoaspiração, a região aspirada pode retardar sua evolução, o que não acontece com a região não tratada. O fato pode levar à interpretação de que a gordura estaria migrando para outra região. Essa ocorrência predomina entre 18 e 30 anos. Sobre a pesquisa, acha que deveria ser mais aprofundada e que pode apresentar resultado duvidoso?
Toda pesquisa, principalmente as divulgadas por meio de uma literatura comprovada, apresenta maior credibilidade. Informo que esta questão chega como uma novidade, podendo se comprovar em casuísticas tardias. FONTE:saude/terra