A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica não incentiva o médico a realizar várias cirurgias plásticas no mesmo paciente, sem respeitar os limites e critérios médicos. O Conselho Federal de Medicina determina como resolução de segurança não ultrapassar mais que 40% de extensão corporal no mesmo procedimento cirúrgico. Cirurgias demasiadamente longas na duração ou que fazem intervenções em uma área muito extensa do corpo podem colocar em risco a saúde do paciente.
A única vantagem da combinação de técnicas no mesmo tempo cirúrgico é diminuir custos da operação e internação e otimizar o período de recuperação do paciente. No entanto, deve haver uma sintonia entre os procedimentos: as cirurgias devem ser similares e ter o mesmo objetivo.
A lipoaspiração, por exemplo, combina com a abdominoplastia, implante de prótese de silicone nas mamas ou redução mamária. A abdominoplastia com lipoaspiração na região das coxas ou implante mamário com lipoaspiração dos braços tem boa indicação, pois são regiões próximas e recebem orientações que se harmonizam no pós-operatório. Cirurgia nos braços e nas coxas, quando feitas juntas, também funcionam, pois são áreas de movimento e locomoção.
O tempo da cirurgia e do efeito da anestesia provocam alterações no metabolismo e na função fisiológica do corpo. Por isso, esses procedimentos têm um tempo médio para ser realizado – o ideal é que seja de até quatro horas. Até porque, ainda que o médico seja muito experiente, cirurgias associadas são naturalmente mais complexas, o que leva ao desgaste físico e mental do profissional, além de exigirem maior controle das condições de saúde do paciente.
As cirurgias plásticas combinadas, ou seja, a realização de duas técnicas no mesmo tempo cirúrgico deve ser avaliada com muita cautela pelo cirurgião plástico, que deve ser de confiança e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Fonte: MinhaVida