Mal largaram as bonecas e os carrinhos e alguns adolescentes já retocaram o nariz, fizeram lipo, colocaram silicone e até recorreram ao botox… A desculpa é sempre a mesma: elevar a auto-estima. Saiba a opinião de quem é a favor e de quem é contra essa tendência
POR KÁTIA NEVES
SIM
“O jovem só precisa ser saudável, e a cirurgia, feita no hospital”Inchaço, dor, hematomas e cicatrizes. Nada disso parece assustar ou impedir que o adolescente, na maioria dos casos meninas, bata o pé para conquistar um nariz arrebitado ou um par de seios novos. “A intervenção pode ser feita quando o jovem se sentir desfavorecido”, opina o cirurgião-plástico de São Paulo, Felipe Coutinho, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Para ele, livrar o menino ou a menina, o quanto antes, de algum tipo de complexo pode justificar sim uma intervenção cirúrgica. “Não há problema em se fazer uma pequena lipoaspiração, por exemplo, desde que o jovem seja saudável e a cirurgia seja feita em ambiente hospitalar”, garante o especialista. Mamas grandes normalmente trazem desconforto físico, como dores nas costas e alterações posturais, sem falar na exclusão social causada pela vergonha do corpo. Isso pode ocorrer a partir dos 13 ou 14 anos. “Não existe uma idade exata a partir da qual as cirurgias podem ser realizadas. É preciso considerar o desenvolvimento físico e emocional de cada um”, revela o cirurgião. No caso do silicone, a única preocupação é verificar se a mama sofreu alguma alteração no último ano. “Se for constatado que o corpo não está mais em desenvolvimento, então a paciente até pode colocar silicone aos 17 anos”. Já o nariz pode ser operado a partir dos 15 anos, desde que o cirurgião concorde que o problema incomoda demais a vida social do paciente. Mas, e quanto aos riscos? “Cirurgicamente, uma pessoa de 16 anos está sujeita aos mesmos riscos que uma de 50 anos. O importante é individualizar cada caso para que o resultado agrade e melhore a qualidade de vida da pessoa”, finaliza.NÃO
“Nessa fase, a consciência sobre o formato do corpo está alterada”
“O jovem só precisa ser saudável, e a cirurgia, feita no hospital”Inchaço, dor, hematomas e cicatrizes. Nada disso parece assustar ou impedir que o adolescente, na maioria dos casos meninas, bata o pé para conquistar um nariz arrebitado ou um par de seios novos. “A intervenção pode ser feita quando o jovem se sentir desfavorecido”, opina o cirurgião-plástico de São Paulo, Felipe Coutinho, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Para ele, livrar o menino ou a menina, o quanto antes, de algum tipo de complexo pode justificar sim uma intervenção cirúrgica. “Não há problema em se fazer uma pequena lipoaspiração, por exemplo, desde que o jovem seja saudável e a cirurgia seja feita em ambiente hospitalar”, garante o especialista. Mamas grandes normalmente trazem desconforto físico, como dores nas costas e alterações posturais, sem falar na exclusão social causada pela vergonha do corpo. Isso pode ocorrer a partir dos 13 ou 14 anos. “Não existe uma idade exata a partir da qual as cirurgias podem ser realizadas. É preciso considerar o desenvolvimento físico e emocional de cada um”, revela o cirurgião. No caso do silicone, a única preocupação é verificar se a mama sofreu alguma alteração no último ano. “Se for constatado que o corpo não está mais em desenvolvimento, então a paciente até pode colocar silicone aos 17 anos”. Já o nariz pode ser operado a partir dos 15 anos, desde que o cirurgião concorde que o problema incomoda demais a vida social do paciente. Mas, e quanto aos riscos? “Cirurgicamente, uma pessoa de 16 anos está sujeita aos mesmos riscos que uma de 50 anos. O importante é individualizar cada caso para que o resultado agrade e melhore a qualidade de vida da pessoa”, finaliza.NÃO
“Nessa fase, a consciência sobre o formato do corpo está alterada”
Determinar os efeitos da plástica em um organismo em desenvolvimento não é tarefa fácil, por isso a cirurgia precoce preocupa e não é aprovada por alguns médicos. “O bom senso deve imperar na hora de indicar a plástica para uma pessoa com menos de 18 anos. Se os pais não deixam um filho dirigir aos 16 anos, devem ter o mesmo critério de decisão em relação à cirurgia plástica”, defende o cirurgião-plástico Fabrício Carvalho Torres, de São Paulo, também membro da SBCP. O especialista acredita que a mídia tem grande responsabilidade na “banalização da cirurgia plástica”, principalmente quando atinge os adolescentes. “Tem muita menina que tem a consciência sobre o corpo alterada. Então, cabe aos pais orientar e ao cirurgião não operar. O profissional cauteloso não pode ir naquela onda de fazer tudo o que o paciente quer, principalmente um paciente tão imaturo”. Para o médico Fabrício, a redução das mamas só é indicada aos 16 anos, em casos muito específicos, como a gigantomastia (seios excessivamente grandes). Já a prótese de silicone está descartada antes dos 18 anos. “Uma menina de 14 a 16 anos está com o corpo em formação. O correto é esperar tudo se estabilizar para depois mexer”, argumenta. Claro que há casos em que a cirurgia plástica na adolescência ou até mesmo na infância se faz necessária, como o caso da orelha de abano, que pode ser operada a partir dos sete anos. Mas, quando o assunto é puramente estético, o especialista faz uma ressalva: “o médico precisa conversar com os pais e, principalmente, com o adolescente para saber se ele está maduro o suficiente para trocar a vaidade por cicatrizes que vão acompanhá-lo pelo resto da vida”.
OS JOVENS VAIDOSOS NO BRASIL
A cirurgia estética conquistou o mundo dos jovens. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), no ano passado foram realizadas 700 mil plásticas estéticas no país, sendo que os adolescentes (entre 14 e 18 anos) representaram 15% desse total, ou seja, 105 mil operados. Na lista dos procedimentos mais procurados estão: rinoplastia (plástica de nariz), mamoplastia redutora (diminuição das mamas), mamoplastia de aumento (prótese de silicone), lipoaspiração, correção de orelhas de abano e ginecomastia (correção do volume das mamas masculinas). Os números impressionam, porque essa fase da vida é marcada por diversas mudanças físicas, psicológicas e comportamentais que, muitas vezes, não justificam a opção pelo bisturi.
Fonte:Revista VivaSaúde
A cirurgia estética conquistou o mundo dos jovens. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), no ano passado foram realizadas 700 mil plásticas estéticas no país, sendo que os adolescentes (entre 14 e 18 anos) representaram 15% desse total, ou seja, 105 mil operados. Na lista dos procedimentos mais procurados estão: rinoplastia (plástica de nariz), mamoplastia redutora (diminuição das mamas), mamoplastia de aumento (prótese de silicone), lipoaspiração, correção de orelhas de abano e ginecomastia (correção do volume das mamas masculinas). Os números impressionam, porque essa fase da vida é marcada por diversas mudanças físicas, psicológicas e comportamentais que, muitas vezes, não justificam a opção pelo bisturi.
Fonte:Revista VivaSaúde