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Médicos dão dicas de como escolher um bom cirurgião plástico

 
 

Casos como o da modelo goiana Louanna Adrielle Castro Silva, que morreu durante uma operação para implantar silicone nos seios, são um alerta para os riscos que oferece uma cirurgia plástica.

Médicos ouvidos pelo G1 dão dicas de medidas que podem reduzir a chance de algo dar errado durante uma intervenção desse tipo. Eles ressaltam, no entanto, que não existe nenhuma garantia absoluta de que o resultado será exatamente o esperado. “Risco, toda cirurgia tem. O que a gente tem que fazer é tomar cuidado para que eles sejam os menores possíveis”, salienta José Horácio Aboudib, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Como encontrar um bom médico
“Na hora de escolher um profissional, a gente tem que pensar a formação”, recomenda o cirurgião plástico Pedro Nader, conselheiro do Conselho Federal de Medicina (CFM). “O paciente tem que questionar diretamente o profissional”, completa.

.Para ser considerado especialista em cirurgia plástica, um profissional precisa passar pelo curso de medicina – seis anos –, pela residência em cirurgia geral – dois anos – e pela especialização em cirurgia plástica – dois ou três anos. Depois de todo esse estudo, ainda tem que ser aprovado em um exame específico para ser aceito na SBCP. O site da entidade traz uma lista com o perfil dos cirurgiões associados.

Por lei, a única formação exigida para que uma pessoa exerça qualquer atividade na medicina é o diploma de graduação. Portanto, se um médico que não seja especialista fizer uma cirurgia plástica, não estará cometendo nenhuma irregularidade

Contudo, os especialistas da área acreditam que a formação é a melhor maneira de escolher um cirurgião. “Imagina fazer uma cirurgia cardíaca com um neurocirurgião. Tem tudo para dar errado”, compara Aboudib, presidente da SBCP.

Pesquisa feita em 2008 pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) mostrou que apenas 2,1% dos médicos processados por seus pacientes no estado entre janeiro de 2001 e julho de 2008 tinham essa especialidade.


Prótese de silicone

O próprio estudo afirmou que a especialização não é obrigatória para o exercício da medicina, mas que os empregadores geralmente exigem essa formação – e incentivou os pacientes que contratam diretamente seus médicos a fazerem o mesmo.

Histórico do médico
Se, mesmo com a formação, o paciente quiser saber se o médico já teve problemas antes, é possível consultar o histórico de um médico no Conselho Regional de Medicina ao qual ele é filiado. Eventuais punições que aquele profissional já tiver recebido ficam registradas.
O serviço serve somente para os casos que já tiverem sido concluídos pelo conselho. “Às vezes, o médico está sendo sujeito de um processo, mas ainda está sendo julgado”, explica Nader.

A conversa no consultório
Não existe um perfil de alguém que não deva fazer cirurgia plástica de maneira nenhuma, mas as cirurgias não são indicadas caso o paciente esteja com problemas de saúde. “A gente só pode fazer uma cirurgia plástica em quem está em perfeitas condições clínicas, exceto em casos de emergência, como em pacientes com câncer ou queimaduras, por exemplo”, afirma Aboudib.

Antes de uma cirurgia de rotina, o paciente deve passar, na maior parte dos casos, por exames de sangue, de urina e uma avaliação cardiológica. Caso o paciente tenha alguma condição específica – como hipertensão ou diabetes, por exemplo –, isso demanda mais cuidados. “É individualizado: cada doença exige um cuidado próprio”, explica Nader.

Problemas como esses ressaltam a importância do diálogo entre o médico e o paciente. “O usuário tem que levar o histórico dele para o doutor”, aponta o conselheiro do CFM.
Além disso, é preciso avisar o médico sobre qualquer mal-estar que aconteça na véspera da cirurgia. Muitas vezes, a pessoa não apresenta nenhum problema no dia de fazer os exames, mas sofre algum problema de saúde antes da cirurgia – como gripe, febre ou diarreia, por exemplo. Esses problemas, que muitas vezes não exigiriam cuidados médicos, podem ser complicadores na hora da operação.

Outra parte importante da conversa com o médico são as recomendações a respeito do pós-operatório, que incluem o tempo de repouso necessário, as restrições que o paciente vai ter e eventuais complicações que ele pode enfrentar.

“O cirurgião tem que deixar claro para o paciente quais são os riscos de maneira genérica e daquele paciente particular”, esclarece Nader. Aboudib, presidente da SBCP, sugere ainda que o paciente não acumule várias cirurgias plásticas em uma mesma operação, pois isso aumenta os riscos. Além disso, ele aconselha fazer somente procedimentos que já tenham sucesso comprovado pela classe médica e que tenham respaldo científico.

“O que se pode fazer é tomar essas providências. Se ocorrer acidente, é acidente”, conclui.

Fonte:G1/bemestar

beijos, Fran
22/07 2013
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