O Hospital Salt Lake informou nesta terça-feira (7) que não fará mais cirurgias plásticas. Hoje, a Folha revelou que a diretora de escola Janir Tuffani, 48, morreu na última sexta-feira após fazer seis cirurgias plásticas simultâneas no local.
Em nota, Teresa Cristina Mello, advogada de um grupo que comprou o hospital em abril deste ano, afirmou que o Salt Lake cedia o espaço para cirurgias programadas por médicos de fora. O hospital também disponibilizava materiais, medicamentos e serviços de apoio, como médicos plantonistas e enfermeiros.
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A pedido dos antigos donos do hospital, o grupo está realizando cirurgias plásticas agendadas até o fim de abril. Depois, o local “vai se dedicar à atividade de hospital geral, oferecendo todo atendimento clínico hospitalar a uma faixa da população que necessita de cuidados específicos”, diz Teresa.
Segundo a advogada, o médico que realizou a cirurgia era o responsável por Janir Tuffani. “[Ele] é o profissional responsável pela paciente, quem a conhece, sabe de seus antecedentes e todo desenvolvimento da cirurgia realizada”, diz a nota.
“O hospital não tem contato anterior à internação ou posterior a alta com o paciente internado em suas dependências para realização do procedimento cirúrgico”, afirma.
CIRURGIA
No último dia 30, a diretora de escola Janir Tuffani, 48, morreu após passar por seis intervenções de uma só vez: implantou 325 ml de silicone nos seios, retirou bolsas de pele das pálpebras e aspirou gordura da barriga, braços, pernas e costas.
A cirurgia durou das 8h às 13h. Depois, ela foi transferida para um quarto e ficou em observação. “Ela estava aparentemente bem”, conta a autônoma Cláudia Ferreira, 43, amiga da diretora.
À noite, após uma refeição, Janir passou mal e sentiu fortes dores na barriga. “Ela levantou porque não conseguia ficar parada de tanta dor que sentia”, conta Cláudia.
A equipe médica do hospital constatou uma hemorragia e decidiu deixar a diretora em coma induzido. No dia seguinte, Janir foi transferida para o Hospital São Luiz, no Jardim Anália Franco, zona leste, onde morreu dois depois.
Foi o segundo caso de morte após cirurgia em menos de três meses no Hospital Salt Lake. Em fevereiro, a diarista Maria Gilessi Pereira Silva, 41, sofreu uma parada cardiorrespiratória duas horas depois de implantar silicone nos seios.
Fonte:folha.uol.com.br