Wikimedia Commons/ Flickr/L. Mengoni
Recebi essa semana um e-mail de Daniella Franco, repórter da RFI, uma rádio Francesa de notícias, que transmite para o mundo todo em francês e em outros 14 idiomas.
Daniella me convidou para conceder uma entrevista falando um pouco sobre a minha experiência como blogueira, sobre cirurgias plásticas e minha experiência pessoal.
Fiquei muito feliz, ter meu trabalho reconhecido internacionalmente é gratificante.
Fran Reis é a autora do blog “Meus lindos e pagos”, que criou com o objetivo da ajudar as mulheres que querem realizar cirurgias plásticas. No espaço, ela decidiu reunir depoimentos bem-sucedidos ou não de mulheres que passaram por diversos procedimentos estéticos, além de dicas e conselhos para ter uma boa experiência e procurar um bom profissional. A iniciativa deu tão certo que a versão do blog no Instagram reúne 200 mil seguidores, além de 52 mil no Facebook.
A própria autora de “Meus lindos e pagos” passou por uma cirurgia plástica, em 2010, quando colocou próteses de silicone nos seios. À RFI, Fran contou que essa parte do corpo nunca a satisfez e a decisão de realizar o procedimento foi avaliada durante anos, junto à busca de um profissional qualificado. Um trabalho de reflexão que percebe que nem todas as brasileiras fazem quando decidem realizar uma operação estética.
“Nem sempre o corpo está adequado para o ideal criado no imaginário das mulheres. Muitos dos problemas resolvidos com a cirurgia podem ser corrigidos na academia, por exemplo. Mas vai ser mais difícil, você vai ter que malhar e muita gente quer facilidade, não considera as dificuldades do pós-operatório, só quer que fique bonito e acha que vai ser simples”, diz.
Entre boa parte das mulheres que se submetem a procedimentos, Fran Reis nota “uma busca da perfeição, que é inalcançável”. “Tem brasileira que faz uma cirurgia por ano e nunca está satisfeita com seu corpo”, lamenta.
A blogueira não tem dúvidas de que o fenômeno é um reflexo da imposição de um padrão de beleza, aliado aos gostos do parceiro. “Entre as mulheres que conheço, poucas realizam cirurgias para sua satisfação pessoal”, afirma. “Mas é preciso que elas estejam conscientes de que é a saúde e a vida delas que está em jogo”, salienta.
Matéria completa: RFI