…uma cicatriz mais larga e elevada em relação à pele normal e que ultrapassa os limites da incisão — diferentemente do tipo hipertrófico, que, apesar de gorducho, respeita a margem do corte. “Ambas têm as mesmas características, mas o queloide apresenta uma desproporção muito grande entre o tamanho do corte e a marca formada. Ele cresce bem além da cicatriz”, explica a dermatologista Valéria Campos, de São Paulo. Para impedir que apareça, dermatologistas indicam a quem apresenta tendência a queloides a betaterapia, tratamento que se vale de radiação para inibir a divisão acelerada das células e regular a quantidade de colágeno. A técnica, barata e acessível, deve ser aplicada a partir do primeiro ou segundo dia após a cirurgia.
Um produto à base de compostos usados na fórmula de autobronzeadores ajudaria a melhorar o estado da pele após operações, especialmente aquelas em que se retira uma área de tecido. É o que mostra um novo estudo realizado pela Universidade de Weill Cornell, nos Estados Unidos. O gel, composto de material biodegradável, atua no preenchimento do espaço deixado após a cirurgia, reduzindo a quantidade de gordura e líquidos prejudiciais que aumentam o risco de infecção. Apesar de ter sido testado apenas em ratos, os cientistas estão otimistas com o resultado em seres humanos. “As técnicas para recuperar tecidos evoluem em um ritmo cada vez mais rápido”, comenta o cirurgião plástico Fábio Coutinho. A pele agradece.
Até a 16a semana de vida, o ser humano é capaz de regenerar sua pele, sem marcas, caso faça um corte. Depois dessa fase, perdemos a capacidade e passamos a formar cicatrizes
Infográficos Lígia Duque | Producão: Andréa Silva