FIBROSE: A fibrose nada mais é do que uma cicatrização intensa do tecido lesado, onde houve edema e agressão e a sua aparição no pós-operatório pode ocorrer em maior ou menor grau. Isso acontece porque proteínas são acumuladas de forma crônica atrapalhando o funcionamento dos fibroblastos, responsáveis pela cicatrização, que passam a trabalhar em excesso produzindo acúmulo de colágeno que causam repuxamento e dor, além de ondulações inestéticas, levando a uma aparência desagradável na região. “Logo após a cirurgia, a formação da fibrose é intensa, endurecida e sensível. O tratamento é longo, deve ser iniciado precocemente, e ela tende a regredir em um período de seis a 12 meses”, explica a cirurgiã plástica, Ana Paula Polato.É fundamental apostar em procedimentos nos pós-operatório para evitar o problema. “A drenagem linfática pós-cirúrgica, o uso de cintas e de protetor solar na região, evitar esforço físico na fase inicial, manter uma alimentação adequada, com proteínas, vitaminas e minerais são fatores essenciais para evitar a fibrose”, diz a médica.Aliás, os cuidados já podem ter início no pré-operatório de forma preventiva. Atualmente, é indicado apostar em drenagem, micro correntes e esfoliações antes da cirurgia para garantir um procedimento mais eficaz evitando assim problemas na fase pós. Porém, para evitar o quadro de irregularidades cutâneas, a drenagem linfática manual e o ultrassom são procedimentos eficazes e indispensáveis, principalmente em pós-operatórios de lipoaspirações, por menores que sejam. E, após um determinado período, a endermologia e a carboxiterapia, podem ser opções de tratamento com um fisioterapeuta.Vale destacar que uma técnica invasiva como a lipoaspiração, apesar das pequenas incisões, por exemplo, representa uma agressão extensa e provoca uma reação em cadeia em todo o sistema de defesa do corpo. Dessa maneira, quanto maior a quantidade de gordura retirada e quanto maior a área aspirada, maior será a agressão e, consequentemente, maior a reação do organismo. “Com isso, inicia-se um processo de cicatrização irregular na região em que foi feita a lipoaspiração, ocorrendo formação ou desenvolvimento em excesso de tecido conjuntivo fibroso, fazendo aderências que prendem a pele ao músculo, deixando-a com uma aparência disforme e cheia de ondulações”, explica a cirurgiã.Este processo pode surgir por volta do sétimo dia de cirurgia. E, dentre os fatores que podem influenciar no aparecimento da fibrose, destacam-se:
Reação do próprio organismo à agressão sofrida com a lipoaspiração
Ausência ou erro na drenagem linfática
Uso incorreto da cinta cirúrgica
Repouso inadequado
Fonte: Cirurgiã Plástica Ana Paula Polato