Plásticas
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Quelóide

 

O povo Nuer, que vive no Sudão do Sul, é um dos maiores grupos étnicos africanos. No seu ritual de passagem para a vida adulta fazem o gaar: marcam o rosto usando uma navalha. Meninos recebem seis linhas paralelas na testa, meninas recebem marcas puntiformes. Os Nuer têm tendência a queloides. O que é isso?

O queloide é uma cicatriz que cresceu exageradamente, ficando volumosa e elevada. No início é rosado e, com o tempo, vai ficando com a cor da pele.
Ter queloide é uma predisposição individual. Há casos de tendência familiar, e pessoas negras (como as da etnia Nuer) têm maior predisposição que pessoas de pele clara. O queloide aparece em locais de ferimento, como um corte de cirurgia ou após uma queimadura. Também pode aparecer no furo do brinco na orelha ou no local de um piercing. Pessoas com grande tendência desenvolvem quelóide onde havia uma espinha, no local de uma vacina, ou até mesmo sem qualquer estímulo inicial.
Quem percebeu que tem tendência a queloide deve pensar duas vezes antes de se submeter a uma cirurgia desnecessária. Também deve pensar bem antes de colocar piercing ou de fazer tatuagem. Essa predisposição não costuma passar com o tempo, e um corte ou uma ferida que poderiam ter sido evitados podem deixar uma cicatriz maior que a esperada.
Tratamento
A injeção de cortisona diretamente no queloide costuma reduzir o seu tamanho. Apesar de não eliminá-lo completamente, o quelóide fica mais discreto. É comum associar a infiltração de cortisona ao uso domiciliar de gel de silicone.
Outra opção é a remoção cirúrgica, numa tentativa de trocar uma cicatriz grande por uma menor. Mas existe risco do quelóide nascer de novo, às vezes maior que o inicial. Para diminuir esse risco, além de se usar técnicas cirúrgicas apropriadas, costuma-se indicar sessões de radioterapia logo após a cirurgia. Ou realizar infiltrações de cortisona após a cirurgia.
Essas não são as únicas opções de tratamento. De acordo com o caso, pode-se optar pelo congelamento da lesão ou uso de laser. A resposta ao tratamento varia caso a caso.

Por Lucia Mandel
FONTE:VEJA/ABRIL

beijos, Fran
12/04 2013
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