A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica lança, nesta quarta-feira (2), em São Paulo, um projeto para fazer cirurgia plástica reparadora de graça em mulheres que foram vítimas de violência. Atualmente, é possível fazer essa cirurgia pelo SUS, mas a espera por atendimento chega a até três anos.
Segundo a Secretaria de Políticas para Mulheres, a cada 15 segundos uma mulher é vítima de violência no Brasil. O número de vítimas pode ser muito maior, já que muitas mulheres não denunciam o agressor.“Há uma diferença entre uma menina que quer fazer cirurgia estética normal e a mulher que quer fazer cirurgia reparadora de agressão. Ela precisa ser atendida mais rapidamente. Ela tem outros problemas psicológicos, de autoestima. É nesse momento que entra o projeto. Ele vai agilizar para que ela seja atendida o mais rapidamente possível”, explica Leonor Sá Machado, presidente da The Bridge, empresa parceira do projeto.
Onze hospitais de São Paulo já aderiram à iniciativa. Com isso, vai ser possível operar 600 mulheres por ano. A ideia é estender o projeto para todo o Brasil. “Decidimos começar por aqui e, rapidamente, se espalhar pelo Brasil inteiro. Falta patrocínio. Com esse início em São Paulo, acredito que isso possa ocorrer. Talvez dentro de um dois meses a gente possa expandir para o Brasil. Isso é uma benção, cirurgia plástica repara pele, repara alguma coisa que a vítima sofreu. Não repara a dor da alma, mas dá uma chance para se olhar de nova forma e deixar o passado dolorido para trás”, afirma José Horácio Aboudib, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Fonte:G1/Jornal Hoje