Mamoplastia
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Implantes de silicone não atrapalham a amamentação

Segundo especialistas, próteses de silicone não atrapalham a amamentação

Independentemente da idade e da fase da vida, mulheres costumam ter grande preocupação com a beleza. Algumas buscam a melhora do corpo por meio das cirurgias plásticas, sendo a colocação de próteses para o aumento das mamas a mais procurada no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, em 2011 foram realizadas 150 mil cirurgias. Mas muitos mitos envolvem os implantes de silicone e a amamentação. Foi pensando nisso que o UOL Gravidez e Bebês buscou especialistas que pudessem esclarecer dúvidas comuns. Confira:

O silicone pode prejudicar a amamentação?
Próteses de silicone nas mamas não atrapalham a amamentação, que é segura e saudável. “Hoje em dia, não há problemas com esse tipo de cirurgia, já que as técnicas evitam a interferência na glândula mamária. Dependendo do caso, a glândula nem é tocada”, explica o cirurgião plástico Carlos Komatsu, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica de São Paulo. “Há casos em que a mãe já não tem leite, ou o produz em menor quantidade, e acredita que isso tenha alguma relação com o silicone, mas é um mito”, diz Komatsu. Porém, o cirurgião plástico Jalma Jurado faz uma ressalva: “A não ser que seja uma prótese realmente muito grande.”

Próteses muito grandes podem atrapalhar a amamentação?
Há mulheres que exageram na hora de escolher o tamanho de suas próteses de silicone, o que pode trazer problemas para as que pretendem ter filhos. “Colocar um volume muito exagerado pode causar uma pequena atrofia no tecido mamário. Portanto, o desejo de ter mamas muito grandes pode ser prejudicial para a amamentação”, conta Komatsu, falando sobre os implantes de 500 ml, que podem comprimir a mama e afetar a circulação.

Implante de silicone interfere no leite?
“Estudos atuais mostram que não existe diferença no leite de mulheres com implante mamário e das mulheres sem implante. A amamentação pode ocorrer normalmente”, diz Sérgio Aluani, cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. De acordo com os especialistas, o leite não entra em contato com o silicone implantado. “Se a cirurgia for feita corretamente, não haverá alteração nenhuma. A prótese fica envolta por uma cápsula que o próprio corpo produz, então não afetará em nada a amamentação”, explica Komatsu.

 

CAMINHO INVERSO:
REDUÇÃO DE MAMAS

Nas cirurgias de redução de mamas, a manipulação do tecido mamário é maior, já que parte dele será retirado para a diminuição do volume. Por isso, a atenção ao procedimento deve ser redobrada.

“Pode haver um comprometimento na amamentação, mas não é o que ocorre normalmente. Na maioria das vezes, a paciente não tem problemas”, explica o cirurgião plástico Sérgio Aluani.

Segundo os médicos, as técnicas de diminuição e aumento das mamas mantêm o que é importante: a conexão dos ductos mamários com a mama. Não havendo mudanças nessa região, o caminho do leite fica intacto.

“Na redução de mamas são retirados segmentos, mas permanecem outros com a mesma função”, diz o cirurgião Jalma Jurado.

Posso colocar próteses enquanto estiver amamentando?
Não. “Durante a lactação, as cirurgias devem ser evitadas. Elas exigem o uso de medicamentos que podem passar para o sangue da mãe e, consequentemente, para o bebê”, explica Jurado. Além disso, a mama cresce por conta do período de aleitamento e não seria possível ter a real dimensão dessa região.

Próteses de silicone evitam a flacidez após a gravidez e a amamentação?
Mamas sem ou com silicone, independentemente da amamentação, podem ou não apresentar flacidez. Isso depende de vários fatores, como genética, tamanho e envelhecimento. Segundo Rogerio Moreno, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz, a colocação do silicone não garante resultados positivos para o resto da vida. “Se a paciente engordar, engravidar ou amamentar, poderá ocorrer a queda fisiológica das mamas, que pode ser discreta a acentuada, mesmo com silicone”, explica.

Próteses antigas prejudicam o aleitamento?
As próteses antigas exigiam a troca mais frequente (cerca de dez anos ou menos) do que as atuais. Hoje, mais resistentes, elas duram mais. “Caso não haja rompimento, não há motivo para substituição”, diz Komatsu. Para ter certeza da integridade do implante, é essencial fazer um “check-up” anual. “As próteses devem ser avaliadas frequentemente pelo cirurgião plástico ou ginecologista. Se houver ruptura, deve ser substituída”, explica o obstetra Rogerio Moreno.

Fonte:Mulher/UOL

beijos, Fran
18/06 2014
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